Olá, pessoal! Estamos de volta com o Estante Nacional, um projeto idealizado pelo GBU – Grupo Blogueiras Unidas, que tem como objetivo divulgar um autor nacional todo mês. Já passaram pela nossa Estante o Lucinei M. Campos, a Malu Simões, a Suzana Chaves, a Nuccia de Cicco, a Judie Castilho, a Aline Cabral e a Juliana Daglio.
Conheça um pouco sobre a autora e suas obras.
Sobre Evelyn Santana
Evelyn Santana se apaixonou ainda bem cedo pela literatura, mas foi apenas quando conheceu o autor Sidney Sheldon que decidiu entrar para o mundo da escrita. Escreveu seu primeiro romance com 16 anos de idade, atualmente, já se aventurou no curso de Relações Internacionais, quando ingressou na faculdade. Brasiliense, divide a casa com os pais e sua irmã de quatro patas, Shitara. Autora do romance Doce Amargo, publicado em 2016 pela Editora Coerência, Evelyn integra as antologias Mais Amor, Por Favor com seu conto Para dizer que te amo, Arquivos do Mal, com o conto Espreitados pelo mal, e organiza a antologia Era uma Vez.
Sobre suas obras
Doce Amargo #2
Antologias
Pelas ruas escuras de uma cidade que nunca dorme, algo caminha invisível. Nos locais históricos que compõem uma metrópole, algo se esconde inquieto. Por trás das janelas sem luz de construções conhecidas, algo – ou alguém – observa. Entre contos e casos, os espíritos e demônios transitam pelas avenidas de São Paulo, junto dos passantes, misturando-se aos viventes. Suas histórias, terríveis, perduram e viajam no sopro da noite e forçam a cidade a nunca se esquecer de quem foram, ou talvez de quem ainda são: apenas almas perdidas, torturadas pelo inferno, tendo o mapa turístico de uma selva de pedra como único registro de onde, um dia, costumavam passar. Quando o terror e a loucura se misturam com a realidade, somente os arquivos das tenebrosas histórias poderão revelar ao mundo os fatos como ocorreram, e não como foram imaginados. Uma investigação que busca respostas, mas que no fim chegará a apenas uma assombrosa conclusão: seja em um velho teatro, em um antigo cemitério ou em uma praça que um dia fora palco de execuções, o mal existe, e está à espreita de qualquer um que ouse desafiá-lo.
Para comprar os livros entre em contato com a autora.
Entrevista:
1. De onde veio a inspiração para escrever Doce Amargo?
Essa é uma das perguntas mais difíceis de responder. Não consigo determinar ao certo de onde vem uma ideia, mas posso dizer sem medo de errar que DA é uma junção do estilo que eu gostava de ler na época em que comecei a escrevê-lo (em 2012). Então é um reflexo das minhas leituras, das coisas às quais eu andava assistindo e, claro, da imaginação que não para nunca.
2. Tem algum motivo especial para o passado da Linda e para o fato dela ser latinoamericana?
Na minha cabeça, faz todo o sentido do mundo. Hahaha
Eu queria uma personagem frágil, insegura e com problemas familiares – meio que para fazer um contraponto com Robert -, mas que, ao mesmo tempo, fosse forte sem ao menos ser dar conta. Acho que esse é um bom resumo de quem a Linda é.
Quanto a ser latina, tem o fato de nos livros as mocinhas sempre serem loiras e de olhos azuis, então eu meio que quis colocar na protagonista uma imagem que fosse bem banal para os leitores brasileiros, e foi assim que nasceu a nacionalidade dela.
3. O que te levou a ambientar o livro nos Estados Unidos?
Como eu disse anteriormente, DA é um reflexo das minhas leituras, e quando comecei a escrever eu não lia muitos livros nacionais. Na minha cabeça, ainda havia o estigma de que não havia cenários contemporâneos dentro da literatura brasileira, e foi graças a Doce Amargo que eu entrei para o meio literário e percebi que, na verdade, as coisas não eram bem assim.
4. Quais as principais dificuldades que você encontrou e encontra em sua carreira literária?
Publicação e divulgação. Infelizmente, as editoras que dizem estar atrás de novos talentos não costumam arcar com publicações tradicionais, então, é muito difícil, para um autor estreante, conseguir ser inserido no mercado sem precisar arcar com os custos de publicação.
No que diz respeito à divulgação, é complicado fazer com que nosso trabalho chegue aos leitores em potencial, porque as mídias sociais nos limitam bastante e são nossa principal ferramenta de trabalho.
5. Você sempre teve o apoio da família e amigos ou teve alguém que não “botou muita fé” no seu sonho?
Sempre tem alguém para nos colocar para baixo, né? E, sendo honesta, não culpo quem desacredita na carreira de escritor, porque é um meio muito complicado, dispendioso e tem muita gente boa tentando seu lugar ao sol.
Ainda assim, tem também as pessoas que sempre acreditam e não nos deixam desistir, além do mais, cada leitor conquistado vem junto a uma injeção de ânimo para que possamos continuar.
6. Por fim, deixe um recado para nossos leitores.
Eu quero agradecer imensamente por esse espaço cedido, a fim de que eu pudesse falar um pouquinho sobre o meu trabalho. Já disse, mas não custa repetir: o mercado nacional não é fácil, porém, o que nos faz continuar seguindo em frente é o apoio dos nossos leitores. Obrigada por lerem, apoiarem e incentivarem a literatura nacional.
Sem vocês para lerem nossos livros, não haveria razões para escrevê-los.
Por hoje é isso, pessoal! Espero que tenham gostado e não deixem de ler a duologia Doce Amargo!
Agradecemos a Evelyn Santana por ter aceitado participar desta edição do Estante Nacional e se você conhece algum(a) autor(a) bacana que gostaria de ver por aqui é só indicar para a gente.
Beijos!